Sabemos que tornar o RH mais estratégico é mais do que um diferencial para a sua empresa — mas sim uma necessidade. Na Qulture, temos certo cuidado com o termo "estratégia" e "estratégico", pois existem muitas definições soltas que não condizem com o que é real.

Gostamos de definir como “a lógica por trás da série de passos e escolhas que a liderança de uma organização planeja dar para sair de onde a organização está hoje e chegar onde a liderança da organização espera que esta esteja em um ponto no futuro”.

O RH estratégico, portanto, vai ter um olhar mais atento para o capital humano da empresa, além de promover um alinhamento do setor com a estratégia da organização. Neste conteúdo, a gente apresenta algumas dicas para você transformar a sua área de Recursos Humanos. Confira!

1. Tenha mais interação com outros setores

A primeira delas é a necessidade de seu time manter interação com outros setores. Não há como o RH atuar de forma isolada. É preciso entender as necessidades de cada área e analisar o que é preciso aprimorar em diferentes equipes.

Um bom exemplo de como isso pode ser feito é por meio da pesquisa de clima organizacional. Clima organizacional é a percepção de colaboradores e colaboradoras em relação às políticas, práticas e processos do negócio. A pesquisa de clima vai, nesse sentido, trazer um diagnóstico para identificar se essa percepção é positiva ou negativa.

Se na análise for identificado que determinada área está insatisfeita com a diversidade do negócio, por exemplo, o RH pode atuar em conjunto com as lideranças para aprimorar esse quadro. O próximo passo é analisar se as mudanças trouxeram resultado para a empresa e se houve melhorias para o clima do negócio.

Ou seja, o RH estratégico atua em cima de dados, não de achismos.

2. Política de retenção de talentos

Uma empresa que não conta com uma política clara de retenção de talentos pode sofrer prejuízos financeiros e também de imagem perante o mercado. Hoje, existem plataformas nas quais os colaboradores e colaboradoras trazem suas percepções em relação ao negócio. Se elas forem negativas, pode influenciar na vinda de novos talentos para a organização, o que prejudicaria a competitividade de seu negócio.

Além disso, o turnover pode trazer para o negócio:

  • Custos relacionados à demissão voluntária: recisão, multas, etc;
  • Custos relacionados à contratação para preenchimento das vagas criadas: anúncios de vagas, headhunters, etc;
  • Custos relacionados à seleção dos candidatos: tempo dos entrevistadores, consultorias de seleção, despesas com almoços, coffee-breaks e testes aplicados;
  • Custos relacionados ao treinamento dos novos contratados: tempo dos gestores, tempo dos colegas, tempo do RH – aqui, quanto melhor for seu processo de onboarding – e ele deve ser excelente – maior o custo;
  • Produtividade perdida enquanto a vaga não é reposta;
  • Produtividade sub-ótima do recém-contratado durante seu período de maturação (rampup).

Portanto, o RH estratégico está atento a esse indicador, analisa números para entender os motivos de ele estar mais alto do que o normal, além de avaliar continuamente como as estratégias impactaram a rotina dos profissionais como um todo.

3. Acompanhamento de indicadores

Além do turnover, o RH estratégico também deve analisar outros importantes indicadores. Alguns exemplos:

  • absenteísmo;
  • frequência;
  • treinamentos;
  • avaliação de aprendizagem;
  • headcount;
  • indicadores de recrutamento e seleção;
  • produtividade;
  • cálculo de competitividade salarial;
  • tempo médio na empresa;
  • custos de rotatividade, entre outros.

Portanto, se não existe uma rotina dos principais indicadores que o seu setor deve acompanhar, chegou o momento de defini-los e ter uma rotina de monitoramento. Assim, no planejamento do trimestre, há a possibilidade de analisar quais deles mais influenciam no objetivo macro da organização, traçando planos de ação para alterar esses números (caso haja essa necessidade).

4. Promover a digitalização do setor

Se o seu time fizer o acompanhamento da área por meio de planilhas, dificilmente conseguirá ser estratégico. Afinal, grande parte do tempo de trabalho da equipe será destinado para trabalhos operacionais, o que impactaria a dedicação para ações mais orientadas a resultados.

Hoje, existem ferramentas que contribuem para a gestão de holerites, para o controle de ponto, para uma gestão de desempenho eficaz, entre outros pontos.

Caso haja dificuldades em convencer o CEO a investir em soluções como essas, existem argumentações em números que podem auxiliar na apresentação. Uma ferramenta de gestão de desempenho, por exemplo. Trata-se da estratégia de melhorar o desempenho da empresa ao longo do tempo por meio da gestão do desempenho dos colaboradores e colaboradoras.

Por meio de soluções específicas para isso, há a oportunidade de acompanhar o plano de desenvolvimento individual de cada pessoa, de realizar avaliações de desempenho mais complexas e estruturadas, de aplicar a pesquisa de clima já mencionada para implementar melhorias, entre outros tópicos relevantes.

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5. Mais dados, menos achismos

Digitalizar o setor também vai possibilitar que as decisões tomadas dentro do time sejam baseadas em dados e não em achismos. Para se ter uma ideia sobre a importância da ciência nos Recursos Humanos, traremos um exemplo prático.

A Xerox, empresa que dispensa explicação, contratou há algum tempo uma consultoria de análise de dados que qualificou o seu processo seletivo. A partir de estudos e de análise de dados, essa empresa de consultoria realizou o perfil ideal de um colaborador e colaboradora do negócio.

Ao final dos estudos, o negócio se surpreendeu com o resultado. O perfil considerado ideal por esse levantamento não era contratado pela empresa. Por meio dessa análise, o negócio abriu suas portas para outro perfil, o que contribuiu para que os resultados se tornassem mais relevantes.

Neste conteúdo, você pôde conferir 5 dicas de como tornar o RH mais estratégico. Como você pôde perceber, há a necessidade de investir em tecnologia, de estar conectado a outros setores, além de tomar as decisões baseadas em números. Dessa forma, o capital humano da empresa será mais valorizado, o que reduzirá os índices de turnover, de absenteísmo e promoverá mais qualidade de vida no trabalho, bem como possibilitará mais bem-estar para o time.

Se você gostou dessas dicas e ficou interessado em conhecer uma ferramenta de gestão de desempenho, entre em contato com a nossa equipe, converse com nossos profissionais e tire suas dúvidas!