Você sabe identificar quais causas explicam a maior parte de um problema?

Uma das principais ferramentas para esse processo, o diagrama de Pareto orienta decisões e priorizações, principalmente quando a empresa precisa reduzir desperdícios e agir com foco.

Por isso, profissionais de RH, lideranças e times de planejamento utilizam o método para entender desde questões de clima até desafios de produtividade.

Ao longo deste conteúdo, explicamos o conceito, sua origem, como aplicar na prática e por que ele é relevante para organizações que buscam maturidade em gestão. Confira!

O que é o diagrama de Pareto e como ele surgiu?

O diagrama de Pareto é uma ferramenta de análise que organiza causas de um problema em ordem de impacto, partindo da lógica de que poucas causas explicam a maior parte dos efeitos — aproximadamente 20% das causam resultam em 80% dos efeitos (princípio 80/20).

O diagrama apresenta barras que mostram a frequência de cada causa e uma linha que representa o percentual acumulado. Esse formato facilita a visualização do que realmente importa e orienta o processo de priorização.

O conceito surgiu com o economista italiano Vilfredo Pareto, no fim do século XIX. Ele observou que 80% das terras da Itália pertenciam a 20% das pessoas. Décadas depois, o consultor Joseph Juran estudou essa relação, levou o princípio para o campo da qualidade e transformou a ideia em uma ferramenta prática.

Para que serve o diagrama de Pareto?

A ferramenta serve para ajudar a decidir onde concentrar esforços. Em ambientes de trabalho, problemas costumam aparecer em grande volume e com complexidades diferentes. O diagrama, por sua vez, organiza essas informações e torna a análise mais objetiva.

Ele serve para:

  • identificar causas que mais contribuem para um problema;
  • priorizar ações com base em impacto;
  • orientar discussões mais claras entre áreas;
  • comparar períodos e acompanhar evolução de indicadores;
  • apoiar análises de desempenho, clima e processos internos.

Em RH, por exemplo, o diagrama pode mostrar quais motivos explicam a maior parte do turnover. Em operações, pode indicar quais etapas de um processo geram mais retrabalho. Em ambos os casos, a equipe ganha clareza sobre o que resolver primeiro.

Como montar um diagrama de Pareto passo a passo

Mesmo sendo uma ferramenta simples, o processo de construção exige organização dos dados. A seguir, descrevemos um passo a passo acessível para equipes de RH, lideranças e analistas que buscam aplicar a metodologia no dia a dia.

1. Defina o problema que será analisado

A equipe precisa ter clareza sobre o que está avaliando: turnover, atrasos, falhas de atendimento, baixa entrega de metas, entre outros.

2. Liste todas as causas possíveis

Reúna informações por meio de dados históricos, pesquisas internas, feedbacks e análise de processos.

3. Registre a frequência de cada causa

Conte quantas vezes cada causa aparece em determinado período. Essa é a base do cálculo.

4. Ordene da maior para a menor frequência

A organização visual é fundamental. As barras devem aparecer em ordem decrescente.

5. Calcule os percentuais

Divida a frequência de cada causa pela frequência total. Em seguida, calcule o percentual acumulado.

Exemplo simples:

  • Causa A: 40 ocorrências
  • Causa B: 20 ocorrências
  • Causa C: 10 ocorrências
  • Total: 70 ocorrências

Percentuais:

  • Causa A: 40/70 = 57%
  • Causa B: 20/70 = 29%
  • Causa C: 10/70 = 14%

Percentual acumulado:

  • A: 57%
  • A+B: 86%
  • A+B+C: 100%

6. Construa o gráfico

As barras representam cada causa. A linha acumulada mostra o impacto progressivo.

7. Analise o “ponto de corte”

O objetivo é identificar até onde vai o grupo de causas que explicam grande parte do problema. Muitas análises usam o marco de 80%, mas o percentual final depende do contexto.

Qual a importância do diagrama de Pareto no contexto organizacional?

O diagrama de Pareto ajuda empresas a tomar decisões com base em fatos. Ele organiza informações que, no dia a dia, aparecem de forma dispersa e dificultam a priorização.

Sua importância cresce quando a empresa busca maturidade em gestão, pois a ferramenta:

  • facilita decisões rápidas;
  • reduz desperdícios de esforço;
  • orienta estratégias de desenvolvimento;
  • apoia ciclos de metas e planejamentos trimestrais;
  • contribui para análises de desempenho mais consistentes.

Em um cenário de muitos dados e pouco tempo, a clareza visual do diagrama permite que líderes e RH saiam do julgamento intuitivo e trabalhem com precisão.

Exemplos de uso do diagrama de Pareto

Quer entender como usar a ferramenta no seu dia a dia? A seguir, explicamos alguns casos em que a metodologia ajuda no cotidiano de trabalho.

1. Turnover

Uma equipe de RH coleta os motivos de desligamento em um trimestre. Após organizar os dados, percebe que três motivos representam 75% das saídas:

  • falta de perspectiva de crescimento;
  • desalinhamento com a liderança; e,
  • remuneração.

Com isso, o RH decide priorizar ações de desenvolvimento, alinhamento de expectativas e revisão salarial.

2. Baixo cumprimento de metas

Uma área de vendas pode usar o diagrama para entender por que parte das metas não avançou. Entre as causas, a equipe identifica:

  • baixa qualidade de leads;
  • falta de treinamento em negociação; e,
  • atrasos na entrega de materiais.

O gráfico mostra que os dois primeiros fatores explicam a maior parte do problema, orientando o plano de ação.

3. Redução de retrabalho em processos internos

Times de operações mapeiam falhas que geram retrabalho. O diagrama mostra que dois passos do processo concentram a maior parte dos erros. A equipe decide revisar a etapa crítica e treinar colaboradores, reduzindo significativamente o tempo gasto.

4. Desafios de clima organizacional

Resultados de pesquisas podem alimentar um diagrama para destacar temas prioritários. Questões como comunicação, carga de trabalho e relacionamento entre áreas podem ser avaliadas com mais clareza.

Esses exemplos mostram como a ferramenta se adapta a diferentes contextos e favorece decisões bem fundamentadas.

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