A dificuldade para resolver problemas é uma das maiores barreiras enfrentadas por líderes em qualquer nível. Muitas vezes, a pressão por resultados leva a soluções rápidas e superficiais, que não atacam a raiz da questão.

Esse processo de "maquiagem" geralmente leva a retrabalho, desgaste da equipe e impacto direto nos resultados. Por isso, ferramentas como o diagrama de Ishikawa são tão valiosas: elas ajudam a estruturar o raciocínio, identificar causas reais e direcionar ações mais eficazes.

Neste artigo, abordamos essa metodologia e como ela pode ajudar a resolver problemas diversos na sua organização. Continue a leitura!

O que é o diagrama de Ishikawa?

O diagrama de Ishikawa, também conhecido como espinha de peixe ou diagrama de causa e efeito, é uma ferramenta visual usada para identificar e organizar as possíveis causas de um problema.

Ele foi criado por Kaoru Ishikawa, engenheiro japonês e especialista em gestão da qualidade, com o objetivo de facilitar a análise de falhas em processos industriais. Com o tempo, a ferramenta se popularizou em diversas áreas, inclusive no RH e na gestão de pessoas.

Seu principal objetivo é ir além da superfície. Em vez de parar no sintoma, o diagrama ajuda a investigar quais fatores (internos ou externos) estão contribuindo para o problema. Para RHs e líderes, isso significa compreender melhor os desafios que afetam, por exemplo, clima organizacional, engajamento, desempenho e retenção.

Como funciona o diagrama de Ishikawa?

O diagrama tem a forma de um peixe: o problema aparece na “cabeça”, enquanto as causas se ramificam como espinhas.

Essas causas são geralmente agrupadas em seis categorias principais, conhecidas como os 6 Ms:

  • Método: processos e práticas utilizadas.
  • Máquina: equipamentos, sistemas ou tecnologias envolvidas.
  • Material: insumos ou recursos utilizados.
  • Mão de obra: capacitação, engajamento e atuação das pessoas.
  • Meio ambiente: fatores externos ou internos relacionados ao ambiente de trabalho.
  • Medição: critérios, indicadores ou métricas adotadas.

Essa divisão ajuda a organizar as possíveis causas de maneira lógica, evitando que fatores relevantes passem despercebidos. A estrutura permite que equipes façam uma análise detalhada e, a partir dela, encontrem os pontos de maior impacto no problema.

Modelo do Diagrama de Ishikawa elaborado por Francisco "Kiko" Homem de Mello, fundador da Qulture.Rocks.

Como usar o diagrama no dia a dia de trabalho

O diagrama de Ishikawa pode parecer técnico à primeira vista, mas sua aplicação é simples e prática. Veja o passo a passo:

  1. Defina o problema: escolha uma situação clara e específica. Exemplo: “alto turnover nos primeiros seis meses de contratação”.
  2. Reúna o time envolvido: inclua pessoas de diferentes áreas ou níveis hierárquicos para trazer múltiplas visões.
  3. Liste categorias de causas: use os 6 Ms como guia inicial.
  4. Mapeie causas possíveis: incentive o grupo a responder várias vezes à pergunta “por quê?”. Esse exercício ajuda a chegar à raiz.
  5. Priorize as causas: identifique as que parecem mais relevantes ou recorrentes.
  6. Defina ações de melhoria: crie planos de ação para atacar os pontos prioritários.

Boas práticas para líderes e RHs

  • Envolver as pessoas com espírito colaborativo, sem buscar culpados.
  • Garantir espaço seguro para que colaboradores falem abertamente.
  • Revisitar o diagrama depois da implementação das ações para verificar se o problema foi reduzido.

Além disso, líderes podem usar o diagrama em reuniões de planejamento, reuniões de 1:1 ou diagnósticos de clima, sempre que for necessário entender melhor a origem de um desafio.

Exemplos de uso do diagrama de Ishikawa

O diagrama pode ser aplicado em diversos contextos de RH e liderança. A seguir, alguns exemplos práticos:

1. Alta rotatividade de colaboradores

2. Baixa adesão a pesquisas de clima

  • Possíveis causas: comunicação insuficiente sobre o propósito da pesquisa, descrédito no processo por falta de ações anteriores, falta de anonimato, tempo de resposta inadequado.
  • Ação sugerida: reforçar a comunicação sobre os impactos das pesquisas e garantir retorno transparente dos resultados.

3. Queda no engajamento em reuniões de 1:1

  • Possíveis causas: líderes não se preparam, ausência de follow-up das conversas, falta de clareza sobre objetivos, excesso de reuniões sem direcionamento.
  • Ação sugerida: oferecer um roteiro simples para líderes, com foco em acompanhamento de prioridades e desenvolvimento.

4. Falhas em processos de avaliação de desempenho

  • Possíveis causas: critérios pouco claros, ausência de capacitação para avaliadores, falta de integração com metas, sistema complexo de uso.
  • Ação sugerida: simplificar critérios de avaliação, capacitar líderes e usar uma plataforma intuitiva que conecte resultados e desenvolvimento.

Esses exemplos mostram como o diagrama de Ishikawa ajuda a transformar percepções vagas em diagnósticos claros e planos de ação concretos.

Como a Qulture te ajuda a melhorar processos de gestão

Na Qulture.Rocks, acreditamos que a análise das causas dos problemas de gestão só faz sentido quando está conectada a soluções práticas.

Nossa plataforma oferece recursos que ajudam RHs e líderes a atacar justamente as causas identificadas em um diagrama de Ishikawa:

  • avaliação de desempenho: elimina vieses e dá clareza sobre critérios;
  • OKRs e gestão de metas: alinham expectativas e reduzem o desalinhamento estratégico;
  • pesquisas de clima e pulsadas: permitem medir o engajamento continuamente e identificar pontos críticos; e
  • feedbacks e 1:1s: fortalecem a comunicação e a confiança entre líderes e liderados.

Ou seja: enquanto o diagrama ajuda a mapear problemas, a Qulture.Rocks oferece os dados, insights e práticas para corrigir as causas e melhorar os resultados.

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