Desde março de 2020, quando decretos municipais e estaduais exigiram que as empresas adotassem medidas como forma de reduzir o contágio da pandemia global, organizações dos mais variados portes precisaram adotar o home office para prosseguir com as suas atividades. Porém, depois de algum tempo, pesquisas indicam que grande parte das gestões pretendem contar com equipes remotas como o principal modelo de trabalho.

Neste material, a gente apresenta alguns desses estudos, além de explicar os cuidados necessários que as lideranças devem tomar com o seu time. Continue a leitura e saiba mais!

Dados sobre o trabalho remoto

Segundo um estudo da empresa de softwares Salesforce, elaborado com cerca de 20 mil profissionais em todo o mundo, inclusive no Brasil, 42% das pessoas entrevistadas gostariam de seguir em casa, mesmo com o fim da pandemia. Se esse recorte for feito em nosso país, os índices são ainda superiores: 57% das entrevistadas desejam essa possibilidade.

A plataforma de freelancers Workana traz, ainda, que 16,1% das lideranças vão focar nas habilidades profissionais durante um processo seletivo, independentemente de onde ele mora. Além disso, de acordo com o levantamento, 84,2% das gestões pretendem promover de alguma forma o trabalho remoto, mesmo depois da pandemia.

A série de dados levantados pela Revista Exame demonstrou, ainda, que a gestão também está atenta à flexibilidade no trabalho. É o que demonstra o estudo realizado pela consultoria Mescer, elaborado com 819 gestores e gestoras de todo o país — 83% delas afirmam que vão oferecer algum tipo de flexibilidade. Esse mesmo estudo trouxe que 1 em cada 3 empregadores vão contar com pelo menos 50% da força de trabalho de forma remota.

Porém, o relatório What 800 executives envision for the post pandemic workforce elaborado pela consultoria McKinsey & Company demonstra que a força do trabalho remoto vai depender do setor, se destacando aqueles de tecnologia da informação, gestão, finanças e seguros.

Desafios ao contar com equipes remotas

A seguir, selecionamos alguns desafios de quem deseja adotar as equipes remotas como definitivas.

Alinhamento de expectativas

O primeiro deles está relacionado ao alinhamento de expectativas. No escritório, fica fácil uma comunicação mais prática entre as pessoas, uma vez que a disposição das mesas e cadeiras contribui para esse contato. Em equipes remotas, isso se resume às ferramentas de comunicação. Por isso, todas as pessoas devem saber o que é esperado delas, tanto no que diz respeito a esse diálogo quanto nas demandas do dia a dia.

Produtividade baixa

Trabalhando de forma remota, existem os riscos de a produtividade ser prejudicada devido a fatores externos à empresa. Inclusive, esse era o principal medo das gestões antes da pandemia. No entanto, de acordo com o estudo realizado pela Fundação Dom Cabral, em parceria com a Grant Thornton, mais de 58% das pessoas que participaram do levantamento afirmaram ser mais produtivos ou significativamente mais produtivos em 2021 — em 2020, esse número era de 44%.

Dicas ao adotar equipes remotas definitivas

Conforme vimos, há uma forte tendência de diferentes setores em contar com equipes remotas definitivas. No entanto, existe a necessidade de contar com alguns cuidados nessa gestão. A seguir, selecionamos alguns dos principais. Confira!

Prática de one-on-ones constantes

One-on-ones são reuniões entre lideranças, liderados e lideradas que permitem um melhor fluxo de informações de baixo para cima, além de ser a oportunidade de as pessoas da empresa serem ouvidas tanto no lado pessoal quanto no âmbito profissional.

Essa estratégia já era importante quando o trabalho remoto ainda não era uma realidade tão presente nas empresas. Porém, à distância, se torna ainda mais essencial para:

  • transmitir a sensação, para o colaborador ou colaboradora, de que a empresa está atenta com as questões pessoais;
  • ressaltar que a organização também se preocupa com o desenvolvimento e com a carreira daquela pessoa;
  • ouvir tópicos relacionados ao dia a dia da empresa, permitindo que a gestão tome iniciativas proativas em vez de reativas;
  • garantir maior confiança entre lideranças, liderados e lideradas.

Para usufruir desses benefícios apresentados, é importante que o processo seja visto como uma reunião dos colaboradores. Ele é quem vai preparar a pauta e trazer as suas considerações para a conversa.

Cultura de feedback

Feedback é o processo no qual uma pessoa contribui para que a outra possa se desenvolver a partir de suas próprias percepções, negativas ou positivas. Para equipes remotas, essa cultura permite o desvio de rota do time, de acordo com os pontos identificados.

Gostamos de fazer a analogia sobre a importância dos feedbacks comparando-o com o mapa de papel e o GPS. Ambos mostram o destino, com a diferença de que o GPS auxiliará com desvios de acordo com o comportamento da rota, o que permite chegar até o local com mais facilidade.

O feedback é basicamente isso. Em um projeto, se a pessoa está com dificuldades de executar o plano de ação e os entregáveis estão atrasados, há a oportunidade de identificar as causas que levam a esse problema, o que permite resultados mais efetivos para o time e, consequentemente, para a empresa.

Alinhamento de prioridades

Semanalmente, é interessante que as lideranças alinhem, em conjunto com liderados e lideradas, quais são as prioridades do time. Dessa forma, as chances de os esforços de cada pessoa ser para focos diferentes reduzem significativamente.

Tecnologia como aliada

A tecnologia pode funcionar como uma importante aliada para diferentes contextos das equipes remotas. Na comunicação, por exemplo, utilizando ferramentas que garantam um contato mais instantâneo, além de  reuniões de time, individuais (one-on-one) e também da empresa toda. 

Quanto à gestão de pessoas em si, existem soluções que contribuem para:

  • feedbacks instantâneos — com a plataforma de feedback, todas as pessoas podem enviar e receber feedbacks em tempo real para qualquer pessoa do time;
  • elogios — há a possibilidade de celebrar conquistar na plataforma, praticando o reconhecimento de forma pública para as pessoas que se destacam;
  • one-on-one — na ferramenta, há a possibilidade de agendar as reuniões de one-on-one, registrar pontos importantes da conversa com notas rápidas e criar pautas para facilitar as conversas;
  • sentimento dos colaboradores — no gerenciamento de equipes remotas, existe a necessidade de identificar como os colaboradores estão se sentindo. Na plataforma, você tem a oportunidade de conferir como cada pessoa está naquela semana, de modo que tenha insights práticos sobre o que fazer naquele período;
  • painel de liderança — por fim, você terá uma visão clara sobre os seus liderados e lideradas em um único espaço.

Neste conteúdo, você pôde entender dicas para o gerenciamento de equipes remotas, além de conferir alguns desafios e dados importantes sobre o tema. Conforme vimos, é preciso que as lideranças e o RH da empresa se preocupem em trazer ferramentas que auxiliem nesse processo, uma vez que elas serão úteis para aprimorar o desenvolvimento de colaboradores e para gerar mais confiança entre profissionais e a equipe como um todo.

Se você deseja entender como uma ferramenta funciona como aliada nesse processo, confira nosso módulo trabalho remoto e tire suas dúvidas com nosso time!