Quando o assunto é gestão de pessoas em scaleups, a equação costuma ser parecida: uma operação que cresce rápido, processos manuais que não escalam e um volume de dados que se torna difícil de interpretar.

Nesse cenário, a iSystems — referência brasileira em Inteligência Artificial para indústrias, com 18 anos de mercado e impacto ambiental positivo expressivo — decidiu transformar sua gestão de desempenho, centralizar processos e fortalecer ainda mais sua cultura.

Nesta matéria, você confere a jornada completa da empresa, os desafios que motivaram a mudança, os resultados alcançados e as boas práticas que outras scaleups podem aplicar.

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Sobre a iSystems

A iSystems é uma empresa de tecnologia especializada em Inteligência Artificial aplicada à indústria. São mais de 50 grupos atendidos, aplicações em mais de 150 processos industriais diferentes e uma contribuição ambiental significativa: mais de 64,4 mil toneladas de CO₂ reduzidas anualmente graças ao uso de IA nos processos produtivos.

Entre seus principais produtos estão:

  • LIFE, solução focada em eficiência e controle de processos industriais;
  • Calix, voltado para previsão de demanda e estoque;
  • Susan, assistente conversacional de IA para operações industriais.

Além da relevância técnica, a empresa se destaca por um fator essencial: uma cultura forte, intencional e vivida no dia a dia — mesmo com um time 100% remoto, espalhado pelo Brasil. Essa cultura é um dos alicerces que tornaram possível chegar a níveis tão altos de adesão em processos de gestão de desempenho.

Da operação manual à centralização dos processos

Antes de adotar uma solução integrada de gestão de desempenho, a iSystems operava de uma forma comum em scaleups: muita planilha, formulários avulsos, registros fragmentados e pouca visibilidade consolidada dos dados.

Era assim que os processos funcionavam:

  • pesquisas feitas em formulários ou ferramentas simples;
  • registros de reuniões e 1:1 em documentos isolados, sem histórico;
  • dados de clima e NPS analisados de maneira manual e pouco escalável;
  • falta de integração entre pesquisas, feedbacks, desempenho e desenvolvimento.

Com o crescimento da empresa e a transição para o modelo 100% remoto, essas limitações ficaram evidentes. A liderança já não conseguia sentir o clima “pelo corredor”, e o RH passou a depender totalmente de dados formais para orientar ações.

O aumento do time, a complexidade das informações e a necessidade de consistência deixaram claro que a empresa precisava amadurecer processos e adotar uma solução centralizada.

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O papel da maturidade organizacional

A decisão de profissionalizar a gestão de desempenho não veio de uma crise, mas da evolução natural da própria empresa. Quando a iSystems deixou de operar como uma startup e passou a assumir responsabilidades maiores, com clientes estratégicos e impacto crescente, os processos de pessoas também precisaram ganhar sofisticação.

Segundo Bia Magalhães, profissional de RH da iSystems, o ponto-chave foi a consciência sobre outputs: não bastava coletar dados — era preciso transformá-los em análises, tendências e direcionamentos que apoiassem o negócio.

Com um time de aproximadamente 90 pessoas e crescimento constante, analisar manualmente 10, 15 ou 20 respostas já não era suficiente. A empresa precisava de:

  • dados centralizados;
  • histórico organizado;
  • processos integrados; e, principalmente,
  • análises que revelassem padrões e orientassem ações concretas.

A maturidade organizacional foi o gatilho para buscar um ambiente unificado que fortalecesse rotinas e desse autonomia ao RH e à liderança.

Como a iSystems estruturou sua gestão de desempenho

A partir da implantação da Qulture.Rocks, a iSystems passou a centralizar boa parte das suas rotinas de gestão de pessoas em um único ecossistema. Hoje, cerca de 95% dos processos estão conectados entre si.

Pesquisas de clima e NPS

A empresa roda pesquisas frequentes combinando NPS e perguntas abertas para:

  • entender motivadores de satisfação;
  • identificar pontos de atenção por macroárea; e,
  • criar planos de ação direcionados.

Os resultados são analisados de forma criteriosa e tratados com responsabilidade. O RH lê todos os comentários, classifica por temas e conversa individualmente com cada liderança — sempre garantindo anonimato.

1:1 estruturados e contínuos

As reuniões 1:1 são parte fundamental da cultura. A empresa:

  • usa a plataforma para registrar conversas;
  • mantém histórico para acompanhar evolução; e,
  • fortalece a rotina mensal sem burocracia.

Feedbacks frequentes

O envio e registro de feedbacks cresceu consistentemente ao longo dos meses, apoiado por:

  • feedbacks espontâneos ou solicitados;
  • notificações automáticas após períodos sem feedback; e,
  • organização dos registros para apoiar discussões de desenvolvimento.

PDI conectado ao dia a dia

O PDI da iSystems é construído com base em:

  • feedbacks registrados;
  • observações de desempenho;
  • conversas de 1:1;
  • prioridades de desenvolvimento observadas pela liderança.

Mural de elogios integrado ao Slack

Um dos módulos mais usados pela empresa. Cada elogio é vinculado a um valor da cultura, reconhecido em tempo real via Slack e compartilhado com o time.

Essa prática reforça a cultura e aumenta o senso de pertencimento.

OKRs conectados às rotinas de gestão

A iSystems inclui em seus OKRs indicadores de execução das rotinas de gestão — como realização de 1:1s e feedbacks. Apesar disso, segundo a Bia, mesmo sem esse indicador, o time continuaria engajado por causa da força da cultura.

👉 Assista ao webinar completo para ver exemplos práticos de como a empresa conecta rotina, cultura e desenvolvimento.

Como a cultura impulsiona a adesão

A cultura da iSystems aparece como principal razão pela qual as pessoas recomendam a empresa nas pesquisas, e esse dado se repete em todas as edições.

Abordamos a seguir os elementos que explicam isso.

1. Transparência radical com resultados

A empresa divulga resultados das pesquisas a nível corporativo (iSystems como um todo) e por macroárea (como Engenharia, Comercial, Produto), além de acompanhar lideranças individualmente para discutir tendências.

2. Ações concretas após as pesquisas

Alguns exemplos citados:

  • aumento do valor do vale-refeição;
  • ampliação da cobertura do convênio médico;
  • ajustes de processos internos baseados diretamente em feedbacks.

Isso gera o sentimento de que o RH realmente escuta e age.

3. Interesse genuíno pelas pessoas

A fala da Bia resume: “Sem interesse genuíno em pessoas, nenhum processo funciona.” Esse é o tipo de cultura que sustenta adesão alta independentemente de indicadores.

4. Seleção cultural rigorosa

O processo de recrutamento e seleção avalia profundamente valores, fit cultural e alinhamento com o propósito. É assim que a empresa garante consistência ao longo do tempo, mesmo com novas contratações.

Boas práticas que outras scaleups podem aplicar

A história da iSystems oferece aprendizados valiosos para empresas que estão estruturando ou evoluindo sua gestão de pessoas.

1. Conecte propósito, cultura e processos

Antes de escolher uma ferramenta, defina:

  • qual é o propósito da área de Pessoas?
  • como ele se conecta ao propósito da empresa?
  • como isso aparece no dia a dia?

2. Engaje a liderança desde o início

A colaboração precisa nascer no topo: mostre dados, evidências e benefícios, adaptando a linguagem ao perfil da liderança.

3. Personalize processos para sua realidade

Não existe receita pronta: pesquisas podem ser simples; feedbacks podem ser mais frequentes; 1:1s podem ser mensais. O importante é que faça sentido para o time.

4. Centralize para escalar

Quanto mais fragmentados forem os processos, menos impacto terão. A centralização permite:

  • visão integrada;
  • melhores análises;
  • menos trabalho manual;
  • ações mais rápidas.

👉 No webinar completo, você encontra a visão detalhada da Bia sobre como aplicar essas práticas na sua scaleup.

Conclusão: quando cultura e processos caminham juntos, adesão acontece

A iSystems prova que engajamento não nasce de um formulário enviado ao time. Ele nasce de:

  • propósito claro;
  • cultura vivida;
  • processos bem desenhados;
  • dados analisados com seriedade; e,
  • ações que mostram respeito e consistência.

Rotinas como 1:1s, feedbacks, pesquisas, elogios e PDI só fazem sentido quando expressam aquilo que a empresa acredita. E é justamente por isso que a iSystems alcançou níveis tão altos de adesão e conseguiu evoluir a gestão de desempenho de maneira tão sustentável.

👉 Assista ao webinar completo e mergulhe na jornada da iSystems, com todos os detalhes, aprendizados e exemplos práticos.