A pandemia da Covid-19 acelerou as tendências e promoveu mudanças significativas no mercado de trabalho. Esse novo período que passou a ser chamado de BANI é marcado pelo caos e exige agilidade e novas habilidades dos profissionais e dos negócios para se diferenciarem competitivamente.
O avanço da tecnologia e da digitalização do trabalho ficou ainda mais acelerado e é indispensável que as organizações invistam no desenvolvimento dos seus colaboradores para que consigam enfrentar os novos desafios desse período complexo.
Confira o conteúdo que preparamos para entender o impacto da pandemia no futuro do trabalho, as tendências e como preparar a equipe para esse futuro cada vez mais próximo!
Como a pandemia impactou o futuro do trabalho?
A pandemia da Covid-19 inaugurou um novo cenário chamado BANI em que o caos é uma realidade a ser enfrentada. Esse novo contexto é marcado por algumas novas premissas:
- a velocidade nas ações e tomadas de decisões serão determinantes para o sucesso dos negócios e profissionais;
- o impacto das mudanças que vêm ocorrendo vai além da disrupção que conhecíamos até então;
- o conhecimento prévio que tínhamos já não é mais suficiente para lidar com os desafios desse novo cenário.
Esse processo de ruptura ficou conhecido como Grande Reset, marcado por grandes mudanças em um curto período de tempo. Com isso, os parâmetros estão sendo revistos e as referências atualizadas para lidar com uma realidade que não havia sido prevista. Confira outras características do mundo BANI:
- novas decisões para lidar com a mudança dos contextos políticos, econômicos e sociais;
- exposição dos sistemas devido às inconsistências, inadequações e contradições desse momento;
- retorno ao essencial para desenvolver soluções que preservam vidas e meios de subsistência em meio à crise;
- desafio para as lideranças, que passaram a ter que conciliar cada vez mais resultados do negócio e bem-estar da equipe em meio ao caos.
Ainda que os impactos da pandemia tenham sido minimizados com o avanço da vacinação pelo mundo, as mudanças provocadas pelo isolamento social, avanço do trabalho remoto e a crise sanitária aceleraram tendências muito relevantes para compreender o futuro do trabalho.
Quais são as principais tendências para o futuro do trabalho?
O Fórum Econômico Mundial produziu em 2020 um dos estudos mais importantes para compreender os impactos da pandemia no futuro do trabalho. O Future of Jobs Report mapeou as principais tendências e habilidades do futuro para um horizonte de cinco anos — até 2025 — relacionando os impactos causados pela pandemia da Covid-19 com ciclos econômicos mais longos. Confira os principais pontos levantados pelo relatório!
Avanço da tecnologia
A adoção tecnológica pelas empresas, que já vinha em uma crescente antes da pandemia, deve continuar acelerada. A computação em nuvem, big data e o e-commerce seguem a tendência dos anos anteriores e vão continuar sendo uma prioridade para as organizações. Já a inteligência artificial, a criptografia e os robôs não humanóides são assuntos que obtiveram destaque nesse período.
A recessão econômica causada pela pandemia somada ao aumento da automação do trabalho vai alterar empregos, funções e habilidades até 2025. Segundo o relatório, 43% das empresas consultadas devem reduzir a força de trabalho com o avanço tecnológico, enquanto 34%, pelo contrário, planejam expandi-la.
Com isso, até 2025, uma parcela expressiva das organizações precisarão rever seus espaços de trabalho, cadeias de valor e o tamanho e dinâmica do seu capital humano. Os dados estimam que até 2025 85 milhões de empregos vão ser substituídos com o avanço tecnológico, enquanto 97 milhões poderão surgir adaptados às novas dinâmicas de trabalho.
Digitalização do trabalho
Segundo o relatório, 84% dos empregadores estão prontos para digitalizar os processos de trabalho, o que inclui uma expansão significativa do trabalho remoto. O home-office foi mais uma tendência acelerada durante a pandemia e, mesmo com o avanço da vacinação, diversas empresas adotaram esse modelo de forma permanente — a estimativa é que 44% da força de trabalho possa trabalhar remotamente.
Essa transição implica desafios em relação à produtividade e bem-estar das pessoas colaboradoras, o que exige medidas das lideranças e times de RH para fortalecer o senso de pertencimento da equipe por meio das ferramentas digitais e lidar com a satisfação profissional com esse novo modelo de trabalho.
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Novas habilidades
As habilidades em alta no mercado de trabalho vão mudar nos próximos cinco anos. Dentre as skills que estarão em destaque estão o pensamento crítico, a resolução de problemas, habilidades de autogestão, aprendizagem ativa, resiliência, etc.
94% dos líderes apontam que esperam que as pessoas colaboradoras desenvolvam novas habilidades no trabalho. Esse cenário complexo exige dos profissionais cada vez mais autonomia e das organizações uma cultura de lifelong learning que estimule e forneça os recursos necessários para o desenvolvimento da equipe.
Com isso, os treinamentos online estão crescendo significativamente. As oportunidades de aprendizagem online disponibilizadas pelas organizações para seus colaboradores aumentaram cerca de cinco vezes, pois a janela para a requalificação dos profissionais se tornou mais curta com o choque econômico dos últimos anos.
Esse novo período reforçou a importância do investimento em capital humano — cerca de 66% dos empregadores consultados esperam obter um retorno sobre o investimento em desenvolvimento e requalificação no período de um ano. Apesar das incertezas geradas pela instabilidade econômica, promover uma cultura de lifelong learning é indispensável para o diferencial competitivo de qualquer negócio.
Como preparar o time para o futuro do trabalho?
O relatório Tendências de Gestão de Pessoas de 2022 da Great Place to Work apontou que 87% das empresas notam algum tipo de lacuna no desenvolvimento de habilidades — tanto soft quanto hard skills — em seus colaboradores.
A pesquisa ainda apontou que as soft skills obtiveram mais relevância com a pandemia da Covid-19 e apresentou as habilidades interpessoais que as empresas consideram mais relevantes. Confira as principais:
- capacidade de resolver problemas complexos;
- capacidade de liderar e influenciar;
- resiliência;
- pensamento analítico;
- pensamento crítico;
- flexibilidade; etc.
Como vimos, no mundo BANI as organizações precisam de profissionais capazes de lidar com cenários de crise e tomar decisões ágeis. Porém, muitas empresas ainda têm dificuldade para desenvolver a equipe em direção às novas habilidades e ao futuro do trabalho. Confira algumas práticas que podem ajudar!
One-on-ones
As one-on-ones são reuniões frequentes das lideranças com seus liderados, que favorecem um ambiente de trabalho pautado em transparência, produtividade e desenvolvimento. Esses momentos potencializam e permitem que os líderes acompanhem a jornada e o crescimento das pessoas lideradas na organização.
Nas one-on-ones, líder e liderado se aproximam e podem trabalhar em conjunto, dentre outras coisas, o desenvolvimento de habilidades — indispensável nesse período marcado por desafios. Como vimos, há novas skills que precisam ser desenvolvidas nos próximos anos e nada melhor para o colaborador do que contar com o apoio do seu líder nesse processo.
Plano de desenvolvimento individual
Um dos principais desafios do desenvolvimento dos colaboradores é definir prioridades e entregáveis claros para que essa estratégia não seja deixada de lado. Uma das formas de garantir isso é com o plano de desenvolvimento individual (PDI), uma ferramenta que auxilia as pessoas colaboradoras a definirem e desenvolverem habilidades-chave para sua carreira e para o crescimento do negócio.
Dessa forma, é possível aumentar o engajamento da equipe e garantir o desenvolvimento das skills do futuro, fundamentais para o diferencial competitivo do negócio. No PDI, os líderes podem definir entregáveis claros e sugerir conteúdos, materiais e mentorias para que seus liderados se desenvolvam. Além disso, com essa ferramenta o líder é capaz de estruturar e monitorar planos de desenvolvimento personalizados em conjunto com cada pessoa liderada.
Plataforma de educação corporativa
Investir em uma plataforma de educação corporativa torna o aprendizado dos colaboradores mais simples e intuitivo. Com uma plataforma desse tipo é possível centralizar o desenvolvimento do time em um só lugar e oferecer uma experiência de aprendizagem personalizada para os profissionais.
Também é possível integrar a plataforma com o PDI do colaborador. Imagine que o liderado identificou em uma one-on-one a necessidade de desenvolver suas skills de autogestão. O treinamento dessa skill passa a ser um entregável do seu PDI e na plataforma de educação corporativa ele poderá contar com conteúdos ministrados pelos melhores profissionais do mercado no assunto.
Além disso, o colaborador poderá consumir esse conteúdo quando e onde quiser, os times de RH vão contar com relatórios completos de engajamento e desempenho da equipe e a empresa será capaz de escalar os treinamentos — consolidando uma cultura de lifelong learning e garantindo o desenvolvimento das habilidades do futuro entre os seus profissionais.
Neste conteúdo, você pôde entender o impacto significativo que a pandemia teve na compreensão do futuro do trabalho e conhecer as principais tendências para os próximos cinco anos. Como vimos, é indispensável que as empresas invistam no desenvolvimento dos seus profissionais para que possam se diferenciar competitivamente nesse cenário complexo.
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