*Traduzido e adaptado da pesquisa “Top HR Trends and CHRO Priorities for 2026”, realizada pela empresa de consultoria Gartner.

A cada ano, o cenário de gestão estratégica de pessoas se transforma. A pesquisa “Top HR Trends and CHRO Priorities for 2026”, da Gartner, mostra que os próximos dois anos exigirão das lideranças de RH uma atuação ainda mais estratégica e centrada em tecnologia, adaptabilidade e cultura.

De acordo com o levantamento, quatro prioridades vão orientar as decisões dos CHROs (Chief Human Resources Officers) até 2026:

A seguir, exploramos cada uma delas, com dados, contexto e implicações práticas para o futuro do RH. Continue a leitura!

1. Explorar a Inteligência Artificial para revolucionar o RH

A principal tendência de RH para 2026 é clara: a inteligência artificial vai remodelar a operação e o impacto estratégico da área.

Segundo a Gartner, evoluir o modelo operacional de RH é o passo mais importante para liberar todo o potencial da IA — o que pode gerar até 29% de ganho em produtividade.

Isso significa que o RH deixará de ser um centro transacional e passará a operar como um ecossistema digital estratégico, com IA assumindo atividades de suporte e liberando pessoas para tarefas de alto valor.

Além disso, a evolução do modelo operacional impulsiona uma colaboração mais forte, foco no cliente, eficiência e impacto estratégico a longo prazo.

Entre as ações-chave recomendadas estão:

  • criar uma central de inovação de RH com um líder de estratégia de RH e um líder de gestão de mudanças para guiar o RH nessa reinvenção;
  • reposicionar os HR Business Partners como líderes estratégicos de talentos, enquanto agentes de IA cuidam de tarefas operacionais;
  • transformar os COEs (Centers of Excellence) em designers de produtos personalizados de RH, como onboarding e aprendizagem sob medida;
  • implementar soluções digitais de RH, com IA executando atividades de Nível 0 e Nível 1; e
  • desenvolver uma estratégia de IA para RH claramente definida e que se alinhe aos objetivos de negócios em nível empresarial.

Essa tendência reforça um ponto crucial: o futuro do RH passa por integrar tecnologia, estratégia e experiência humana. Na prática, quem dominar a IA para aprimorar a gestão de desempenho, o aprendizado e a tomada de decisão estará um passo à frente.

Na plataforma da Qulture.Rocks, o uso da IA já é uma realidade: processos com inteligência artificial já estão presentes nas nossas soluções de avaliação de desempenho, plano de desenvolvimento individual, one-on-ones e pesquisa de satisfação e clima.

2. Moldar o trabalho na era humano-máquina

A segunda tendência diz respeito a desenhar novos modelos de trabalho que integrem humanos e IA de forma complementar.

A Gartner chama isso de estratégia “now-next”: equilibrar as demandas imediatas (agora) com a construção das capacidades que farão diferença em um futuro próximo, entre um e três anos.

A consultoria propõe quatro cenários de coexistência humano-IA, que vão desde organizações AI-first, em que máquinas assumem boa parte da operação, até modelos Human-first, em que a IA atua como parceira para potencializar o trabalho humano.

Para navegar por essa nova era, o RH deve:

  1. investir em capacidades únicas e não replicáveis;
  2. otimizar talentos e motivação atuais para impacto imediato;
  3. planejar uma força de trabalho híbrida, redesenhando processos em que humanos e IA atuam juntos;
  4. criar KPIs duplos, equilibrando resultados de curto prazo e metas estratégicas.

A transição para o trabalho humano-máquina redefine o papel do RH como orquestrador de talentos, automações e cultura, exigindo novas habilidades analíticas, éticas e de design organizacional.

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3. Mobilizar líderes para o crescimento em um mundo incerto

Ser líder na era da incerteza exige mais do que inspirar, é preciso fazer da mudança algo rotineiro. A Gartner descobriu que empresas onde "mudar" é visto como natural têm 3x mais chance de sucesso na adoção de mudanças.

Para isso, o RH deve apoiar líderes a desenvolver uma nova "musculatura emocional e comportamental", com base no modelo Think–Feel–Do:

  • Think (Pensar): líderes devem reconhecer a jornada; RH deve definir expectativas claras sobre o papel do líder no processo de mudança;
  • Feel (Sentir): líderes devem aprender a regular emoções; RH deve fornecer ferramentas para que lideranças ajudem colaboradores a lidar com o desconforto;
  • Do (Agir): líderes devem treinar sua "intuição" para a mudança; RH deve ensinar líderes a construir esses reflexos para a ação intuitiva.

Algumas ações práticas incluem redefinir critérios de desempenho de liderança, inserir competências de mudança nos programas de desenvolvimento e, ainda, criar ferramentas para que líderes e equipes identifiquem e gerenciem emoções durante transformações.

O desafio, portanto, é fazer com que a liderança seja o motor da mudança, não apenas sua mensageira.

4. Combater a atrofia cultural para impulsionar o desempenho

A última tendência da pesquisa da Gartner alerta: culturas organizacionais estão enfraquecendo, e isso ameaça diretamente o desempenho. Empresas que incorporam sua cultura no trabalho diário dos colaboradores registram até 34% mais performance.

A recomendação é clara — o RH deve garantir que valores e comportamentos desejados estejam integrados ao dia a dia, em três etapas:

  1. Compreender valores: garantir que todos entendam o que impulsiona a cultura;
  2. Saber comportamentos: traduzir valores em ações concretas e observáveis;
  3. Avaliar processos: refletir os valores em rituais e processos do negócio.

Essa tendência reforça que cultura não é discurso, é prática. Incorporar valores em rituais, metas e reconhecimentos torna a cultura viva e mensurável.

Nesse sentido, algumas ferramentas são fundamentais para fortalecer essa prática. É o caso de pesquisas de clima, check-ins de desenvolvimento e reconhecimentos estruturados.

Por que é importante dominar as prioridades e tendências de RH?

Entender as tendências de RH não é apenas acompanhar o mercado, mas sim antecipar o futuro do trabalho. Para lideranças e CHROs, conhecer essas transformações significa direcionar investimentos com coerência e ganhar voz estratégica junto à alta gestão.

Além disso, dominar esses temas fortalece o papel do RH como construtor de vantagem competitiva, posicionando a área como protagonista das mudanças que moldam o desempenho, o engajamento e o crescimento das empresas.

Sobre o levantamento da Gartner

A pesquisa “2026 Gartner HR Priorities Survey” foi construída com base em entrevistas com 426 CHROs de 23 segmentos de mercado, além de pesquisas complementares com líderes e colaboradores realizadas ao longo de 2025.

Esses dados foram combinados a análises de mercado e tendências emergentes para mapear as quatro grandes prioridades estratégicas que guiarão a função de RH até 2026.

O estudo reforça um ponto essencial: o RH do futuro será digital, humano e adaptativo em igual medida.

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