Nas últimas semanas, o Brasil parou para acompanhar as olimpíadas e a performance dos nossos atletas. Certamente, quem gosta dessas competições se emocionou, uma vez que tivemos uma marca histórica no quadro de medalhas, superando os jogos de 2016. Mas por que estamos trazendo esse tema em um blog corporativo? Há aprendizados e lições do esporte que podem ser incorporados no dia a dia das empresas e na realidade dos times organizacionais.

Pensando nisso, elaboramos este material para apresentar quais são esses tópicos. Continue a leitura e saiba mais!

1. Objetivos claros

Os atletas contam com objetivos claros de onde querem chegar. Nas entrevistas, identificamos que grande parte deles tinha metas individuais de conquistas. Estar no pódio? Na final? Entre os 10 melhores? Independentemente de qual seja, ter esse entendimento muito antes das competições contribui para um maior foco nos treinamentos.

Nas organizações, essa visão deve ser a mesma. Por meio dos OKRs, por exemplo, há a oportunidade de estabelecer um alinhamento entre as metas individuais com as da empresa, de modo que cada pessoa tenha clareza de quais são os objetivos do negócio para o período de um ano (no curto prazo) ou de 10 anos (no longo prazo).

Quanto ao curto prazo, a partir dos OKRs e projetos há a possibilidade de articular os gaps que precisam fechar entre a situação atual com a visão estabelecida, bem como os esforços e experimentos necessários para chegar lá — contribuindo para que todos caminhem em uma mesma direção.

2. Trabalho em time

Conforme vimos, para que o negócio possa alcançar a visão de um ano, estabelecemos objetivos e projetos individuais que contribuam nesse sentido. Ou seja, nunca vai haver conquistas individuais.

No esporte, por exemplo, vimos as performances que conquistaram o mundo: Rayssa Leal — medalhista mais jovem da história do Brasil nas competições — , do skate, e Ítalo Ferreira, o primeiro ouro do Surf. Ambos utilizam suas habilidades individuais para as vitórias, mas foram estimuladas e desenvolvidas a partir de um trabalho em conjunto.

A trajetória de um atleta nas Olimpíadas ou em qualquer outra competição do esporte é desenvolvida por meio da relação entre várias pessoas, desde as referências que os inspiraram até a equipe técnica que aprimora esse desempenho.

Nas empresas, essa relação é parecida:

  • ter uma liderança inspiradora que direcione o time ao caminho certo e passe a confiança para toda a equipe;
  • realizar um trabalho de time para as conquistas da equipe e da organização;
  • ter apoio psicológico da organização para superar os desafios impostos no dia a dia.

3. Liderança que inspire e direcione

Conforme vimos, a liderança inspiradora vai direcionar o time e transmitir confiança para o trabalho que deve ser executado. Em um jogo de futebol, cada peça dentro de campo cumpre uma função importante para o desenvolvimento da partida. O técnico orienta sobre o que deve ser feito para uma vitória, realiza correções de rota e estimula as pessoas a exercerem o seu melhor em campo.

Nas empresas, as lideranças cumprem justamente essa função: identificar o potencial de cada pessoa da equipe para alcançar os resultados pré-estabelecidos, ofertar feedbacks contínuos para fazer correções nos projetos e nas demandas executadas, reconhecer quando um trabalho foi acima da média, demonstrar vulnerabilidade quando necessário — contribuindo para que liderados e lideradas confiem em sua gestão —, além de alinhar expectativas quando necessário.

4. Planejamento

Conforme vimos, atletas contam com objetivos bem estabelecidos e traçam um plano muito antes das competições para alcançar as suas metas individuais. No caso das Olimpíadas, muitos deles tinham, anos atrás, esse objetivo em suas carreiras. Caso conquistassem, as metas precisam ser ainda mais ambiciosas, uma vez que o pódio é o sonho de qualquer profissional.

Nas empresas, a lógica é parecida. É importante definir inicialmente qual é o estado atual do negócio e o que pretende alcançar. Por meio da matriz SWOT, por exemplo, há a possibilidade de articular quais são as oportunidades e ameaças à frente do negócio que podem ajudar ou atrapalhar o atingimento da visão de 1 ano. Já as forças e fraquezas também devem ser analisadas, uma vez que a partir delas é possível explorar as oportunidades e neutralizar as ameaças.

Ou seja, estratégia e planejamento estratégico devem existir para que a organização aumente suas chances de sucesso, definindo a jornada que deve ser percorrida entre um ponto A (onde está hoje) e um ponto B (onde deseja alcançar).

Uma boa estratégia vai maximizar as chances de sucesso balanceando ameaças e oportunidades de curto-prazo com o que pode encontrar mais à frente, levando sempre em conta o mercado e as novas empresas de seu nicho de atuação — que também lidarão com as ameaças e oportunidades.

5. Execução

Executar um plano de ação para alcançar os objetivos é um dos principais passos tanto para atletas quanto para as empresas. Para que um profissional possa alcançar as Olimpíadas, quanto tempo de treinamento precisa para melhorar a sua performance? Quais são os desafios que podem prejudicar esse objetivo? Para conquistar o pódio, quais são os pontos fortes de seus principais competidores — e como ele pode trabalhar nesse sentido?

Nas empresas, não basta ter uma visão de 1 ano bem alinhada se ela não é desdobrada em OKRs e projetos — e também se não tiver uma comunicação clara para toda a organização. Lembre-se: ninguém conquista nada sozinho. E se ninguém fizer nada, a estratégia vai virar apenas um documento ou um conjunto de ideias, sem que haja impacto prático na direção da empresa.

Neste conteúdo, você pôde conferir 5 lições do esporte para as empresas e qual é a sua relação com os jogos olímpicos transmitidos recentemente, que prenderam o mundo todo com as conquistas de diferentes países. Conforme vimos, o planejamento, a execução e o trabalho em equipe são alguns dos pontos que estão muito alinhados entre as duas realidades — e que contribuem de forma direta para resultados mais efetivos.

Ao longo do material, mencionamos bastante sobre OKRs e o seu alinhamento com o planejamento. Se deseja saber mais sobre o tema, continue no blog e acompanhe outro material sobre o assunto!